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quinta-feira, 30 de setembro de 2010

2ª aula de Bordado Brasileiro

As últimas mensagens que tenho postado no blog sobre bordado brasileiro foram possíveis graças à gentileza e perspicácia de Olga Melim, que no último dia 17 completou 87 anos de vida. Antes de publicar a aula número 2, gostaria de mostrar a vocês uma foto dessa mulher que tem contribuído de maneira tão generosa com a minha proposta de divulgação do Bordado Brasileiro. Muito obrigada Olga por sua gentileza e amizade!



Na aula de hoje vou passar as informações para fazer a flor borba e cravinha. As agulhas para executar o bordado podem ser de 1 a 7.
As linhas são Bossa Nova, Filosel e Aleluia.Trabalhe usando a linha Bossa Nova usando um, dois, e três pontos na forma de bordar, observando para não arredondar nas pontas, dando de vez em quando um ponto avulso para alinhar as pétalas.
No centro aplicar os carolinhos em Bossa Nova, usando o tom indicado.



Encher o cálice do botão (desenho2) com a linha apropriada, em ponto atrás, corrente, zig-zag e serzir, observando para conservar a forma exata.


Trabalhar as pétalas (desenho3) da mesma forma que foi empregada da flor. 


Trabalhar o cálice procurando avançar sobre as pétalas com um ou mais pontos.
Aplicar em ponto atrás, as hastes principais, com Bossa Nova e os melindres em Filosel no mesmo tom.
Rematar aplicando os agrupamentos de mimosas em Bossa Nova sem misturar as cores.


A flor Borba pode ser aplicada isolada sobre blusas de lã, vestidos etc.
Pode ser aplicada também em vestidos finos, usando tons suaves, com aplicação de finos dourados e missangas.



quarta-feira, 22 de setembro de 2010

Critérios para julgar uma peça de patchwork numa mostra.

A principal atração do 13º Festival de Patchwork de Gramado será, sem dúvida alguma, a mostra competitiva. Nela poderemos ver os trabalhos desenvolvidos pelos principais nomes do patchwork no Brasil. Esse ano os organizadores prevêem que cerca de 300 peças farão parte da exposição.
É uma oportunidade imperdível apreciar as colchas e painéis expostos. Para que essa experiência seja o mais proveitosa possível, vou colocar aqui alguns critérios utilizados pelos juízes no julgamento das peças. Como não tenho informações sobre os juízes brasileiros, vou colocar aqui os critérios estabelecidos pelos  juízes americanos.

A primeira avaliação é quanto ao grau de dificuldade de execução da peça. Se tiver aplicação teremos que observar se os pontos estão bem apertados e não estão visíveis. Se as técnicas utilizadas foram executadas de maneira correta e se a peça apresenta um excelente impacto visual. O quilting deve ser uniforme e complementar o projeto.

A segunda avaliação é quanto projeto e ao uso das cores. É preciso avaliar se as cores estão equilibradas, se o plano central foi bem planejado e se os enfeites não prejudicam o impacto visual.

O quilt deve ter boas emendas, as bordas retas e os blocos bem alinhados. A cor da linha usada para costurar não pode destoar dos tecidos.

As aplicações devem estar perfeitamente localizadas, com curvas suaves e bem arredondadas. As marcas da aplicação não podem ser visíveis.

Com relação ao quilting devemos observar que os inícios e as finalizações não podem ser visíveis. As marcações do quilting também não podem ser visíveis. Boa escolha de linha e bom acabamento na parte da traz.

Com relação ao viés, ele deve ter 1/4 de polegada. A parte de traz e da frente devem ser iguais, ou seja, ter a mesma espessura. Os pontos feitos à mão devem ser invisíveis. As emendas devem ser feitas com perfeição.

São muitos os critérios utilizados na avaliação de um quilt, mas acredito que as informações acima sejam suficientes para termos um olhar mais crítico ao apreciarmos os trabalhos executados no Festival de Gramado.

quarta-feira, 15 de setembro de 2010

Passo a passo almofada

O primeiro post deste blog é a foto de duas almofadas que fiz para uma amiga muito querida. Como o modo de fazer tinha sido publicado numa revista, eu fiquei na dúvida se poderia ou não publicar esse material no blog e acabei publicando apenas a foto, sem texto.
Mas agora acho que não tem problema eu colocar esse material, uma vez que é de minha autoria.





Material necessário


½ metro de tecido floral cor de laranja claro (com tons de branco)

½ metro de tecido cor de laranja médio

½ metro de tecido cor de laranja escuro (para a parte de trás da almofada)

½ metro de manta acrílica

½ metro de tecido para o forro



Medida dos moldes


hexágonos 4,5 cm de lado

triângulos equiláteros 6 cm de lado
triangulos retângulos 6,5 cm x 3,5 cm (Medidas do ângulo reto). No molde marque lado 1 e lado 2


Na ordem: triângulo equilátero, hexágono e triângulo retângulo

A metade do hexágono deve ser feita a partir de um hexágono inteiro acrescido de 0,75 na borda que corresponde ao meio. Essa metade de hexágono deve ser cortada de maneira que fique com cinco lados e não quatro.


 
Como cortar a parte da frente da almofada


Corte 18 hexágonos no tecido claro e 18 hexágonos no tecido médio.

Corte 4 metades de hexágonos no tecido claro e 4 metades no tecido médio.

Corte 34 triângulos equiláteros no tecido claro e 34 no tecido médio.

Corte 6 triângulos retângulos no tecido claro com o molde virado do lado 1 e 6 triângulos com o molde virado do lado 2. Faça o mesmo com o tecido médio.

Corte 4 tiras de 6,5 x 31,5 cm no tecido claro e 4 tiras de 6,5 x 31,5 no tecido médio.

Corte 4 quadrados de 6,5 cm de lado no tecido claro e 4 quadrados de 6,5 cm no tecido médio.


Como costurar


Em cada hexágono do tecido médio costure dois triângulos do tecido claro (em lados opostos). Em cada hexágono do tecido claro costure dois triângulos de tecido médio (em lados opostos).


Tome cuidado para costurar os triângulos sempre na mesma direção. Os hexágonos inteiros que ficam nas extremidades de cada carreira recebem os triângulos retângulos. Quando costurá-los é preciso atenção para não trocar o lado 1 com o lado 2.


Para formar uma carreira é preciso costurar os hexágonos com os 2 triângulos pela linha reta que foi formada após a colocação dos triângulos.


A almofada deverá ser composta de 3 carreiras com 4 hexágonos inteiros e 2 carreiras com 3 hexágonos inteiros e 2 meios.


Os triângulos retângulos são colocados apenas nas 3 carreiras onde ficam os hexágonos inteiros.


Após costurar as 5 carreiras (alternadas de modo a formar as estrelas), coloca-se as bordas.


Na almofada em que os hexágonos são claros, coloca-se as tiras escuras e os quadrados claros.


Na almofada em que os hexágonos são escuros, coloca-se as tiras claras e os quadrados escuros.


Junte o topo da almofada, a manta acrílica e o forro e faça o quilting que desejar. Corte as sobras de tecido até formar um quadrado de 41,5 cm. Para a parte de trás das almofadas corte no tecido laranja escuro quatro retângulos de 41,5 cm x 25 cm. Para o fechamento faça o acabamento que desejar. Costure a parte da frente com a parte e trás da almofada avesso contra avesso e finalize com um falso viés de cor laranja escuro.

Espero que possam aproveitar bem esse meu projeto.

quarta-feira, 8 de setembro de 2010

Bolsas Country

Essa semana quero mostrar pra vocês duas bolsas em estilo country que fiz. Tive muita satisfação ao vê-las finalizadas, pois deu um trabalhão para executar os dois projetos.
A primeira é uma bolsa tira colo.

Por dentro é bem simples, sem bolsos internos. Mas por fora tem bastante detalhes, principalmente na parte da frente. A estrela e a árvore fiz em foundatiton, o passarinho e a flor em virada de agulha e a casa de passarinho em foundatition e virada de agulha. Na junção dos blocos fiz uns pontos de bordado.
Aqui vão umas fotos mostrando os detalhes.

Esse botão é feito de bambu.

O pássaro ficou lindo!


Amei fazer essa estrela.

A casa de passarinho.


Usei mosquetões nas alças.

Aqui dá pra ver melhor o tamanho da alça.


A segunda é bem grande. Parece mais uma mala. Mas foi projetada para ser utilizada por quem faz patchwork. Dá para carregar nela uma placa de corte de 30 x 45 cm. Bem mais difícil de fazer que a primeira.

Na parte de fora são três bolsos.


Em cada bolso um bloco diferente.


Aqui dá pra ver como ficou por dentro. Cheia de compartimentos.

quarta-feira, 1 de setembro de 2010

Aula de Bordado Brasileiro

Hoje eu recebei um material que estava aguardando a chegada ansiosamente. Não tenho palavras pra descrever a alegria que senti ao receber as linhas e os riscos de bordado brasileiro que a senhora Olga Quint Melim mandou pra mim. Ela foi muito generosa e além das linhas e riscos, (só por isso já é um material valioso) me mandou ainda várias aulas ensinando a execução do bordado com as linhas Varicor. Fiquei muito empolgada e acima de tudo agradecida por ela ter compartilhado comigo informações sobre esse assunto que é do meu interesse. Agora poderei aprender a fazer o bordado brasileiro usando as autênticas linhas de rayon da Varicor!!!

Antes de postar a primeira aula gostaria de mostrar um pouco do material que recebi. Descobri que outras empresas também produziam linhas especiais de rayon. Tinha também as linhas Rainbow e linhas Lisona.


Recebi junto com as linhas umas amostras de fitas que também eram utilizadas nos bordados e ajudavam a dar o efeito dimensional ao trabalho.

Aqui um exemplo de como essa fita pode ser utilizada.

Esse bordado com fita é simplesmente lindo!!!

Recebi várias cópias das aulas que a senhora Olga Melim dava às suas alunas. Como sei que muita gente vem ao meu blog a procura de informações sobre como fazer os pontos, vou postar aqui a primeira aula.

Na primeira aula aprende-se a fazer as flores "Candurão", "Candurinha", "Margarida" e "Crisântemo"
Candurão -
Executar conforme o desenho abaixo, partindo do candurão de uma pétalas observando com toda atenção nas várias faces progressivas, as formas que sempre conduzem a um sentido ovalado. Fazer o acabamento acrescentando o cálice de rococó, as hastes em ponto atrás e os melindres em "chavon", a gosto da aluna conforme  indica o candurão de 6 pétalas. O risco não deve ser transportado para o tecido, marca-se com um ponto o local onde será aplicado o trabalho.

Candurinha - é o mesmo candurão, mas em tamanho menor, observando-se as orientações acima descritas.

Margaridas -
Inicialmente encher com a linha uma parte do círculo, trabalhando o recheio em quatro fases: ponto atrás, zig-zag e cerzido, dando a altura desejada. Trabalha-se os rococós em aleluia (um tipo de linha), aplicando-os de fora pra o centro. O tamanho do círculo deverá ser proporcional ao bordado que o complementa. O miolo é formado por rococós com duas voltas (carolinhos).
Crisântemo - A flor aberta é executada em duas fases. Inicialmente aplicando os rococós maiores, para posteriormente serem presos e intercalados pelos menores. No miolo deve-se aplicar uma conta sem brilho. As folhas são bordadas em ponto cheio enviesado, dando um retoque contrastando.

Essas são as informações contidas na primeira aula. Não sei se para que for ler essas informações serão suficientes. Para mim que não tenho muito conhecimento não me parece fácil, mas acredito que tentando é possível fazer alguma coisa. Vou tentar fazer pelo menos o candurinha...
Depois compartilho com vocês outras informações sobre bordado brasileiro e outras aulas enviadas pela senhora Olga Melim. Assim que for possível também colocarei aqui uma foto dela, para que possamos conhecer essa senhora tão gentil e simpática.

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