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segunda-feira, 8 de fevereiro de 2010

Obrigada por compartilhar

Quando eu comecei a fazer patchwork, essa técnica não era muito divulgada aqui no Brasil. Quase tudo que se utilizava para confeccionar uma peça era importado. Existia apenas um fabricante nacional de tecido. Quase tudo que se referia a esse assunto era encontrado em língua estrangeira (inglês, francês, japonês...)


Atualmente o patchwork está na moda. A indústria nacional de artesanato está voltando os olhos para essa técnica. Já temos várias empresas criando produtos voltados para o patchwork, como réguas, coleções de tecidos, máquinas de costura e uma enorme variedade de mantas. Todos os meses nas bancas encontramos uma revista nova sobre o assunto ensinando a fazer projetos com novas técnicas.


Parece um quadro promissor. Mas alguns sinais me fizeram parar pra pensar um pouco...


Desde que eu comecei a fazer esse blog, as pessoas que comentam aqui geralmente escrevem a mesma coisa: “obrigada por compartilhar”. Se você quiser confirmar dê uma rápida olhadinha nos comentários das postagens anteriores.


O resgate que fiz das imagens de bordado brasileiro, ou brazilian embroidery, também contribuíram para agitar os meus pensamentos. É uma arte linda e maravilhosa que nasceu aqui, mas que hoje está praticamente esquecida. Nos anos 60 e 70 o bordado brasileiro foi uma verdadeira febre no país.


Agora é que no Brasil vemos algumas pessoas interessadas no resgate dessa técnica, mas em outros lugares do mundo a técnica não foi esquecida. O que, para nossa sorte, pode ajudar no ressurgimento dela aqui no país.


Mas o que o patchwork tem haver com o bordado brasileiro? Eu acredito que o patchwork está despertando o mesmo tipo de interesse que o bordado brasileiro despertou aqui nos anos 60 e 70. Depois de fazer essa comparação me veio outra pergunta: O que fazer para que o patchwork não seja apenas mais uma febre passageira entre as mulheres brasileiras?


Eu estou sempre procurando novidades sobre patchwork e sei que essa arte, assim como o bordado brasileiro, tem uma vasta possibilidade de utilização. Mas para que esse potencial seja desenvolvido é preciso que as informações sobre o assunto sejam divulgadas.


É fundamental que as pessoas que estão tendo conhecimento dessa técnica possam ter acesso a mais informações. Pois do contrário todo o investimento que está sendo feito nessa área poderá ser em vão.


Assim como aconteceu com a fábrica das linhas Varicor que fechou com o fim da febre do bordado brasileiro, o mesmo pode acontecer com os novos negócios que estão surgindo por conta do interesse pelo patchwork.


É preciso que as pessoas não tenham medo de compartilhar informações. Tenham coragem de ensinar o pouco que sabem. As empresas que estão voltadas para esse segmento da economia deveriam, a meu ver, disponibilizar mais informações, projetos grátis, criação de concursos, desafios e etc. Não apenas aproveitar o momento, mas pensar em termos de futuro.


É preciso estimular as brasileiras a fazer projetos mais desafiadores e que se divulguem outras técnicas, além da aplicação.


No que depender de mim, vou procurar sempre disponibilizar o que souber, pois acredito que a informação é um bem muito valioso e que esse valor será ainda maior se for compartilhado.

9 comentários :

  1. Amiga, falou tudo!! Precisamos compartilhar e partilhar sempre!! Da febre a consolidação!!
    Beijocas
    Andreza

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  2. Oi Silvana,

    Novamente obrigada por compartilhar, rsss...
    Como já escrevi aqui, comprei uma máquina recentemente e vou fazer aula de patch na cidade vizinha, porém, após retorno das minhas férias não conseguirei dar continuidade as aulas, portanto, continuarei buscando informações na net e tentando aprender com àquelas que contribuem para a divulgação desta técnica como você e Andreza (que posto aí em cima...)
    Ou seja, que bom ue vocês existem...
    Beijos

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  3. Amiga......que artigo hein??? Eu sou a mais privilegiada, pois tenho vc aqui pertinho para me ensinar, e orientar sempre que preciso, e olha meninas que é uma otima professora. Parabéns.Bjs

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  4. Ola Silvana!Voce disse tudo, eu sou iniciante em Patchwork e comecei com aplicações,mas quando comecei a emendar os retalhinhos me apaixonei.Ai fui p/net procurar grupos que me ensinassem as tecnicas e qual foi a minha surpresa quando pecebi que as pessoas que fazem Patc.,gostam de mostrar seus trabalhos,mas pouquissimas se dispõe a ensinar,ensinam uma coisa ou outra e so.Eu na verdade gostaria de entrar num grupo que ensinasse a fazer Um Bloco diferente por dia,isso seria a realização de um sonho.Pois acho que não sou so eu que não tem condição financeira para pagar um curso.Tenho aprendido a duras penas,ou seja sozinha,participo de alguns grupos mas me sinto literalmente invisivel neles.Bom ja me alonguei muito.Obrigada por compartilhar tenho certeza que Deus lhe dara muitas vezes mais.Beijos Leia Fibla

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  5. Concordo plenamente, Silvana!
    Eu sou engenheira mecânica, ou seja, tenho um "trabalho em tempo integral". O horário das aulas de patch nunca me atendeu, então, tudo que aprendi até hoje foi nos sites das colegas brasileiras ou de outros países. Agradeço imensamente a todas vocês, que se dedicam a fazer um site pra ensinar àquelas que não conhecem as técnicas.. e eu movimento a economia sim, e como!!! rs
    Um beijo e super sucesso!
    Gi (colega do patchepinte).

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  6. Concordo com vc, Silvana! Qdo comecei com patch, não sabia nada, e fui sozinha "tateando no escuro", pq onde moro não havia nada mesmo sobre o assunto. Dúvidas? Ainda possuo muitas, pq nunca consegui fazer um curso pratico mesmo em algum festival, mas sigo meu caminho, lendo, pesquisando, sobretudo em sites estrangeiros. Sinto falta de uma participação mais efetiva da ABPQ, da qual já fui sócia, mas desisti pq não vi nenhuma vantagem, o site deles está sempre desatualizado e o jornal, muito fraco de conteúdo. O caminho não é fácil, é tudo muito caro, mas não vou desistir, pq amo tudo isto, inclusve os bordados, que adoro acrescentar aos meus projetos de patch. Serei sua seguidora daqui pra frente! Visite meu blog tbm! Bjs!

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  7. Concordo, Silvana, a informação é um bem mais valioso ainda quando compartilhado. E é isso mesmo, não podemos deixar as artes manuais ao sabor da moda. Tem que se eternizar, na medida que se desenvolve, cresce e envolve mais gente.
    Meu filho quando vê a agitação dos grupos (como nosso patchepinte), a descoberta de tecnicas novas, o investimento em materiais, publicações, me alerta brincando: cuidado que isso pode ser apenas uma bolha. Daqui a pouco esvazia. Espero que não. Pela internet vemos tantas pessoas no mundo todo envolvidas com patch e há tantos anos! Espero que no Brasil não aconteça mais de perdermos coisas tão bacanas como a Varicor, a Nova América, e tantas outras fábricas de tecido de algodão que estão fechando, quando de repente poderiam entrar num novo nicho, o tecido para patch!
    abraços jeanine

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  8. Mais um texto muito interessante. Gosto e concordo com o que escreves. Temos mesmo que divir o que sabemos e fazemos, é a nossa maneira de incentivar e fazer com que o patchwork cresça e permaneça aqui no Brasil, como se vê nos EEUU.

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  9. Parabéns pelo post, e as palavras sabia amiga
    Sucesso e Luz em seu caminho

    Beijos

    Fuxicos e Retalhos By Renata Arruda
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